segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Segundo Turno Volver


Mais uma etapa se encerra e uma nova se abre para o bem da democracia. Aliás o país da tropicália dá um banho democrático no mundo. Apesar das celeumas e das agressões fortuitas e indecorosas, dos vaticínios apocalípticos, das baixarias maledicentes e da falta de caráter em todas as esferas da sociedade, exercemos com dignidade e tranquilidade a nossa mais alta arma de cidadania, o voto. E mais uma vez, vamos retornar às urnas para eleger o governo no Pará e no Brasil.
Aqui por nossas tabas o pleito está difícil para a nossa candidata Ana Júlia Carepa, se formos estabelecer uma simples equação matemática. A soma dos votos dados aos outros candidatos praticamente empata com a diferença do candidato Jatene. Há de se ter uma ação redobrada para alcançarmos o coeficiente que supere Jatene e, isto vai depender da estratégia governista em criar fatos políticos novos que desabonem o opositor e melhorar, porque não, a performance de nossa candidata. Os marketeiros poderiam melhorar e muito no desempenho de imagem, mostar uma candidata natural, sem forçar a performance; uma candidata serena, sem partir para o grito; uma candidata do cotidiano e não do palanque; dar suavidade, leveza e determinação, que possa nos dar convencimento sem artificialismo, que consiga deveras tirar votos do candidato oposicionista. Tal tarefa será ingente, extenuante e difícil, mas nada se compara com a garra e a coragem que Ana Júlia sempre teve para enfrentar dificuldades.
No Brasil, sem dúvida, que Dilma segue com muito mais vantagem que Serra e, terá por sua habilidade e convencimento, muito mais, pois ele não tem discurso, atira a esmo enfraquecendo o debate e não tem proposta, pois o neo-liberalismo fracassou. O ponto de convergência será o apoio explícito ou não de Marina que tem certamente muito mais a ver com o PT do que com o PSDB. Afinal a sua escola foi o PT, neste partido formou-se Marina e, hoje ela é expoente político graças ao PT de ontem. Portanto, a tendência natural pende para Dilma, que fortalecerá a sua candidatura. Os votos que migraram para Marina, saíram de Dilma e a ela retornarão. Um outro fator desestabilizador foram os boatos e pegadinhas disseminados por católicos e evangélicos ressabiados e obtuzos que não souberam ou não quiseram fazer o necessário discernimento. Toco neste ponto, porque o candidato Serra se disse contra o aborto e no entanto, na época que foi ministro da Saúde no governo FHC, autorizou o aborto e, a imprensa e as Igrejas não propagaram, nem divulgaram este ato pecaminoso. Dilma, posicionou-se como estadista em respeito as minorias favoráveis, principalmente entre as mulheres, não a favor, mas sem discriminar quem propugna por este procedimento, favorável a sua descriminalização. Afinal, Deus nos deu o livre arbítrio, cabendo às Igrejas orientarem seus fiéis, mas quem poderá atirar a primeira pedra? Até que ponto as Igrejas não são coresponsáveis, já que lhes cabe a formação e a orientação doutrinária. Por isso, o bom senso é a garantia da paz e da concórdia entre todos, sem sofisma, sem invectivas, sem increpações.
O mais importante, sobretudo, é o Projeto de resgate da cidadania e do desenvolvimento em andamento no país, esta é a base e o fundamento. O restante é farofa.