terça-feira, 26 de outubro de 2010

CUIDADO É ASSUSTADOR



VAMPIRO BRASILEIRO...

ABAIXO A CORRUPÇÃO

MAIA E GUERRA

Estamos fartos da corrupção neste país, estamos fartos das operações infindas que a PF realiza incessantemente, estamos fartos das denúncias e do denuncismo que banalizou a indignação, estamos fartos da corrupção desmesurada, imoral e cínica que emerge em toda a sociedade brasileira. Seja provinda de setores do governo federal, estaduais e municipais; seja oriunda dos empresários, da justiça, dos policiais e do cidadão comum que a nutre matreiramente. O Brasil infelizmente é um país de corruptos.
Assim como eu, vários outros cidadãos já se manifestaram e se manifestam sempre em torno deste assunto. A nossa indignação tornou-se um apelo vazio, a nossa revolta com descrédito é ignorada. Sabemos todos sem exceção, que a Educação crítica, diga-se, é uma ferramenta fundamental para mudarmos a longo prazo esta situação, embora não seja suficiente, senão partiríamos da premissa que todo aquele que tem educação não se corrompe, o que não é verdade; a punição e as prisões são ações repressoras importantes, a denúncia na imprensa é importante para a informação, sem cairmos no denuncismo depravado que invadiu levianamente a campanha eleitoral.
A sociedade brasileira: partidos, políticos, empresários, trabalhadores, igrejas etc...caíram de forma atroz numa bagunça generalizada. As referências se perderam e a impulsividade tornou-se o mote das bravatas. Macunaima quem diria, o herói sem caráter se expressa sobremaneira.
Urge, palavra sem impacto, repensar nossa brasilidade, repensar nossas leis, repensar nossas reformas, repensar nossas ações. É preciso e, necessariamente preciso, além dos avanços em infraestrutura, educação, transporte, habitação, reforma agrária, saneamento básico, enfim etc...etc...as REFORMAS POLÍTICA, TRIBUTÁRIA, PREVIDENCIÁRIA, JUDICIÁRIA E TRABALHISTA. Sem isso, tudo será um grande fracasso. Estamos caminhando ainda a passos de cágado, precisamos de firmeza e determinação. Espero, sinceramente espero, que o próximo governante possa e deva realizar com zelo e coragem, o que tanto a sociedade almeja. Já basta! o Brasil precisa com urgência de virar esta página da CORRUPTIBILIDADE!!!
Conclamamos a todos os cidadãos de Bem, a lutarem por um Brasil digno e justo. Abaixo o jeitinho brasileiro, queremos respeito.


Pandora inesgotável

Por Leandro Fortes

Em 27 de novembro de 2009, o delegado Wellington Soares Gonçalves, da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, deu uma batida no gabinete de Fábio Simão, então chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. A ação, autorizada pelo ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fazia parte da Operação Caixa de Pandora, realizada em conjunto com o Ministério Público Federal, responsável pela desarti-culação de uma quadrilha montada no governo local movida a corrupção pesada e farta distribuição de propinas.

Na sala de Simão, a equipe de policiais federais encontrou um CD com a seguinte inscrição: “Dist. De Dinh. Da Qualy, 8/10/2005”. Levado à perícia, o disco se revelaria um indício comprometedor contra dois dos principais líderes da oposição no Congresso Nacional, os senadores Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte, e Sérgio Guerra, do PSDB de Pernambuco. Guerra ocupa também a presidência nacional do partido e coordena a campanha de José Serra à Presidência.

Feita a análise pela Divisão de Contra-inteligência da PF, descobriu-se que o CD possuía um único e extenso arquivo de áudio e vídeo, de 42,4 megabytes, com 46 minutos e dois segundos de duração. Nele estava registrada a conversa entre um homem não identificado e uma mulher identificada apenas como Dominga.

A investigação dos federais revelou que Dominga era auxiliar de serviço -geral de uma companhia chamada Inteco, depois contratada pela Qualix Serviços Ambientais, empresa de coleta de lixo do Distrito Federal apontada como um dos sorvedouros de dinheiro público do esquema de corrupção do DEM em Brasília e parte de uma disputa política na qual se contrapõem Arruda e o também ex-governador Joaquim Roriz, do PSC. O chefe de Dominga era Eduardo Badra, então diretor da Qualix, para quem ela organizava a agenda, fazia depósitos bancários e “serviços particulares”. Na conversa com o amigo desconhecido, Dominga explicou que serviços eram esses.

O trabalho da secretária era o de, basicamente, telefonar para os beneficiários de um esquema de propinas montado na casa de Badra e, em seguida, organizar a distribuição do dinheiro. De acordo com as informações retiradas do CD apreendido no gabinete de Simão, as pessoas para quem Dominga mais ligava eram, justamente, Agripino Maia, Sérgio Guerra e Joaquim Roriz.

Também recebiam ligações da secretária Valério Neves, ex-chefe de gabinete de Roriz, e dois dirigentes da Belacap, estatal responsável pelo serviço de ajardinamento e limpeza urbana do Distrito Federal: Luís Flores, diretor-geral da empresa, e Divino Barbosa, diretor operacional. Flores é primo de Weslian, mulher de Joaquim Roriz, alçada pelo marido candidata do PSC ao governo do DF depois que ele desistiu da disputa, temeroso de ver sua candidatura cassada por ficha suja.