Da areia solfeja o hálito
do pitiú odor
de maresia
E nos meus passos
descalços e largos
o ventre dos pés assinalam
o peso dos ombros partidos
30/10/02
SERGIO NUNES
Comprido o estirão no
infinito estira-se
deitando-se molhado
por entre gravetos e pedras
As folhigens sem rumo
e sem paragem,
fortuitas perambulam a esmo
pelo corrimão do tempo
calcinado
Que arde em miragens
delirantes e salgadas.
SERGIO NUNES