segunda-feira, 11 de abril de 2011

SALINAS

 Da areia solfeja o hálito
do pitiú odor
de maresia
E nos meus passos
descalços e largos
o ventre dos pés assinalam
o peso dos ombros partidos

Comprido o estirão no
infinito estira-se
deitando-se molhado
por entre gravetos e pedras

As folhigens sem rumo
e sem paragem,
fortuitas perambulam a esmo
pelo corrimão do tempo
calcinado

Que arde em miragens
delirantes e salgadas.

 
30/10/02
SERGIO NUNES