segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MESTRADO EM FILOSOFIA

Motivo de imensa satisfação para a comunidade filosófica da UFPa, o Mestrado em Filosofia, fruto do esforço dos colegas professores, especialmente da Profa. Elizabeth de Assis Dias, e da determinação para o avanço, a formação e a qualificação dos nossos discentes. Com início já em 2011.

Novos Mestrados - A Capes também aprovou dois novos cursos de mestrado da UFPA, Filosofia e Processos Construtivos e Saneamento Urbano. O primeiro, na modalidade acadêmica; e o segundo, na modalidade profissional.
O Mestrado em Filosofia é o primeiro da região, em uma área em que a UFPA, até então, oferecia apenas o ensino de graduação. O Mestrado Profissional em Processos Construtivos e Saneamento Urbano estende a oferta de pós-graduação do Instituto Tecnológico a candidatos inseridos no mercado de trabalho não acadêmico, provendo capacitação científica e tecnológica para a atuação em diferentes esferas dos processos produtivos no Estado do Pará.

ESSIENI, DIÁRIO DE VIAGEM X

Partimos de Boscheto às 11h, sob a despedida copiosa de Mama Rosa, naquele corpinho tão frágil, mas de uma energia impressionante. Sempre atenta às necessidades, esmerada, zelosa e dinâmica. Não parava um minuto sequer. Quando na cadeira descansando, estava catando ervas secas; quando no jardim, estava regando; quando na churrasqueira, estava catando gravetos.
Tiramos algumas fotos e partimos imersos de saudades.
No trajeto passamos por Spoleto e chegamos a Roma – a cidade eterna.
Almoçamos com o irmão de Paolo, Sandro e seu filho. Fizemos a sesta, e às 18:30 saímos para o nosso primeiro reconhecimento pela cidade.
Fomos até a fonte de Tirentino. Uma imagem colossal com Netuno, Hélio e um outro deus, representavam o poder da natureza. Os movimentos, a espessura e o tamanho das estátuas e do monumento abriam um espaço que compunha a fonte, que ao redor reunia pessoas que conversavam animadamente e tiravam fotos.
A fonte de água fria que jorrava abundantemente, saciava a sede e lavava as mãos e o rosto.
Saímos pelas ruas apreciando o encanto dos prédios em estilo clássico que nos remetia a Paris, com seus cafés, suas grifes famosas e a marca peculiar italiana dos músicos que pelas ruas tocavam para agradar aos turistas e aquinhoarem alguns dividendos por sua maestria.
Apanhamos o metrô, descemos no estacionamento do carro e fomos assistir ao festival de Verão de Roma, que acontece todos os dias durante quatro meses. A cada dia uma apresentação diferente de música do mundo inteiro. Uma grande consagração mundial. Ontem apreciamos músicas folclóricas da Calábria que, em alguns momentos lembravam toadas do sertão nordestino.
Retornamos para o apartamento numa fresca noite romana.
12/07/02

A COMILANÇA PARLAMENTAR

A nova legião de sinecuras parlamentosos adentram gabolas na nova legislatura, afinal, nada mal  as benesses estratosféricas da dinheirama aviltada do meu, do seu, do nosso bolso. Deixamos de investir no social para dar de mamar aos mamutes de ocasião. Vejam o absurdo da gastança e da comilança do parlamento brasileiro, sem conferir os perdulários estaduais e municipais. Coloque tudo num só balaio e provavelmente você cai duro para trás.
Enquanto nos países mais avançados, servir ao povo é sinal de comedimento, aqui por estas plagas, é sinal de extravagância e empáfia dissoluta. Não é a toa que a competição por cargos políticos reverbera uma encarniçada luta de ringue populesco e medíocre, mediante embuste e ciladas, quando os temas importantes e necessários para a sociedade e o país são explicitamente desviados para se ficar com as picuinhas. Além da ópera bufa que somos obrigados a assistir enfesados nas rádios e canais televisivos, a custa do erário público, temos ainda que lidar com esse escândalo monetário.
Por isso que o parlamento no país de macunaíma, no patropí, é uma mina de ouro, uma farta tesouraria para apaniguados a custa do erário esfolado e sacrificado, para sustentar a curriola política. Não gostaria de crer, mas tenho que admitir, que somos os sérvulos da babaquice grotesca que aplaude cabisbaixo esse circo de sanguessugas, cujo congrassamento simboliza de forma exemplar a sedenta ganância politiquesta. No Congresso Nacional, à  direita a Câmara dos Deputados com a bacia para cima, estes, estão comendo o dinheiro da nação e, o Senado com a bacia para baixo, estes, já comeram o dinheiro da nação, dizem nos burburinhos de Brasília. Por isso como diz Ruy Castro, são gratos ao destino, e que destino.

RUY CASTRO

Grato ao destino

RIO DE JANEIRO - O deputado Tiririca (PR-SP) começa a aprender o que fazem as pessoas no emprego que ganhou de 1,5 milhão de seus fãs. Se se aplicar, logo terá dominado tanto a etiqueta do cargo (que obriga a dirigir-se aos colegas como Vossa Excelência e, ao se referir a eles para terceiros, mudar o tratamento para Sua Excelência) como sua liturgia, composta de emendas, dispositivos, quóruns, regimes de urgência, adiamentos e a diferença entre o valor de um voto contra ou a favor de um projeto.
Mais difícil será, para o deputado Tiririca, lidar com o dinheiro de que, de repente, passou a dispor na sua vida pessoal. Habituado à instabilidade de empregos em mafuás, circos e TVs, ele se vê agora com um salário de R$ 25.703,00 -15 vezes por ano, sem possibilidade de atraso ou beiço. E, para não se sentir desenturmado fora do plenário, poderá povoar seu gabinete com funcionários até R$ 60 mil por mês.
Deputados não gastam dinheiro com gasolina, aluguel de carros e passagens aéreas. Muito menos com telefone, telégrafo, internet, estafeta ou pombo-correio. Uma verba extra de cerca de R$ 30 mil mensais cuida dessas despesas.
Aluguel, nem pensar: se o deputado Tiririca não aceitar morar num apartamento funcional pelos dois ou três dias por semana que passar em Brasília, receberá R$ 3 mil por mês de auxílio-moradia.
Se quiser exercitar seus dotes recém-adquiridos de leitura e escrita, o deputado Tiririca terá direito à assinatura anual de cinco jornais e revistas e a utilizar os serviços gráficos da Câmara, podendo imprimir anualmente o equivalente a quatro mil exemplares de 50 páginas, não importa se de textos técnicos ou poéticos.
Enfim, com um salário tão generoso e benesses nunca sonhadas, quero crer que o deputado Tiririca, grato ao destino que o colocou ali, periga ser o político mais incorruptível da história de Brasília.