sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O REDENTOR ULTRAJADO




  Interessante desabafo, que nos leva a inquirir sobre várias questões tão pertinentes, quanto urgentes de debate. O Rio de Janeiro, hoje é palco de guerra entre narcotraficantes, a polícia, o exército e a marinha. Somam-se as legiões de bandidos que aterrorizam e infernizam a vida do pacato cidadão.
 No primeiro enfoque destaco a queixa pungente da sociedade, que de certo modo se vê encurralada pela ação dos bandidos; numa outra perspectiva a indignação por conta do alto investimento feito em segurança, do alto investimento feito na construção de penitenciárias com todos os seus padrões de modernização; o alto custo para a sociedade manter esses marginais na prisão por longos anos; a indignação frente ao aparato militar que guarnece esses bandidos, que são abastecidos por fontes altamente poderosas e milionárias num plano não apenas local, mas eminentemente internacional; o aparato da lei que protege demasiadamente os delinquentes colocando em risco a vida do comum cidadão; a facilidade com que a justiça libera esses criminosos que voltam a delinquir.
 Por outro enfoque, temos no próprio aparato policial um dos tentáculos do crime organizado, uma retroalimentação constante entre bandido e policial por um cordão umbilical; o bandido rouba e mata e o policial faz as contas corrompendo-se. De certo outros tentáculos estão na teia das instituições, envolvendo advogados, políticos, juízes, comerciantes e até banqueiros.
 A grande verdade que este é um problema muito mais gigantesco, que envolve o crime organizado internacional, em cuja rede está principalmente os grandes Bancos que alimentam e retroalimentam fortunas geradas pelo narcotráfico.
 A solução estaria num trabalho conjunto entre os governos das nações; o G20 poderia abrir este debata através de um Fórum Mundial, para que se contenha esta ação avassaladora que contamina o mundo inteiro deixando os países mais pacíficos a beira de um colapso criminoso. A ação integrada entre as polícias e o apoio maciço da população legitima o cerco aos bandidos nos morros da Penha.
 É siginficativo o artigo de Walter Fanganiello Maierovitch na Carta Capital de 23/12/09, que diz: "Após a queda do Lehman, faltou liquidez para os bancos mundo afora. Aí entraram 300 bilhões de dólares oriundos das drogas".
 "A Agência antidrogas e anticrime das Nações Unidas, dirigida desde 2002 por Antonio Costa, um burocrata e sabujo de Busch saído dos quadros de funcionários de carreira da ONU, declarou ao britânico The Observer, milhões e milhões de dólares proveniente do mercado ilegal de drogas, nestes tempos bicudos de crise, circularam pelo sistema financeiro: "Os proventos da criminalidade internacional foram para os bancos, em muitos momentos, o único capital de investimento líquido (em papel moeda) disponível".
 Vejam, portanto, que a situação é gravíssima. Como se não bastasse, o narcotráfico socorre o sistema finenceiro internacional, numa clara e definida ação, enquanto aporte para atenuar as dificuldades financeiras, dando, assim, legitimidade por via monetária à ação do banditismo.
  Somente uma medida efetiva e determinada dos governos poderá deter esta ação avassaladora que nos atingiu sem qualquer defesa. Estamos a mercê da BANDIDAGEM INTERNACIONAL!!!, o colarinho branco meliante uniu-se umbilicalmente ao estorvo da ralé nos morros cariocas. Estamos encurralados! E o Cristo Redentor ultrajado!







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