segunda-feira, 23 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A SEDUÇÃO DO CÉREBRO


"3.11 ...O método de projeção é pensar o sentido da proposição.
3.12 O sinal por meio do que exprimimos o pensamento, chamo de sinal proposicional. E a proposição é o sinal proposicional em sua relação projetiva com o mundo".

Temos aqui, duas proposições mostrativas retiradas do Tractatus Logico Philosophicus de Wittgenstein, um dos precursores da concepção cibernética juntamente com Frege e Russell. O pensamento não como ente subjetivo e psíquico, mas como ente objetivo, um método lógico de articulação entre signos mediante a sintaxe subjacente a esse mecanismo ou engrenagem que permite com que os signos se conectem formando elos de uma corrente para que assim possa projetar o mundo como figuração e desse modo descrevê-lo correspondentemente aos fatos que lhe são afigurados.
Ora esse mecanismo lógico-sintático subjacente à linguagem permite através de uma multiplicidade combinatória enquanto processo mecanicamente operacional mediante um cálculo matemático, permitir a articulação dos elementos sígnicos entre si para formar assim um encadeamento entre eles a fim de formar uma rede de transmissão capaz de projetar a realidade, pois assim haveria uma identidade entre a realidade e a linguagem que permitiria então, que ambas pudessem se encaixar ou conectar necessariamente, tal qual funciona, a rede cibernética dos computadores ao projetar imagens na sua tela.
A leitura ou interpretação de Hawking parece ser justamente esta. O cérebro reduzido, tão somente a um mecanismo operacionalmente lógico que permita, portanto, pensar.
Esse equívoco é bem peculiar aqueles que justamente enrodilham-se na redução lógico-atomicista da linguagem, mais especificamente da linguagem científica. Para isso, bastaria fazer como Frege na sua Ideografia, reduzir as proposições em notações lógicas e assim suprimiríamos as ambiguidades próprias da linguagem vulgar ou ordinária, aquela da qual somos utentes ou usuários. E o cérebro poderia ser reduzido a uma Forma Geral Proposicional do tipo lógico-simbólico ou notacional que de forma absoluta, eterna e essencial é capaz de gerar tudo o que existe no mundo. Só não é capaz de gerar o que está fora do mundo, isto é, do mundo lógico (wirklichkeit). Nesse caso, a ética, a estética e a mística estariam fora desse espaço. Assim sendo, não poderiam ser elementos de conhecimento científico. Então não poderiam incidir sobre eles valores de verdade. Portanto, seriam contra-sensos. Eis a questão de Hawking, homiziou-se nos escaninhos de seu cérebro e perdeu o sentido da vida, fazendo desta uma corrente algorítimica, típico dos hd's, ou moldem ou ainda pen-drive, capaz de armazenar, de calcular, de projetar, sem sair do lugar. Mera coincidência ou, a vida que imita a arte, ou a arte que imita a vida. Tanto faz, porque faz algum sentido.

Stephen Hawking: “vida após a morte é um conto de fadas”

Enviado por luisnassif, qua, 18/05/2011 - 18:00
Autor: Adriano S. Ribeiro
Para físico inglês, cérebro humano é como um computador que, quando se quebra, simplesmente para de funcionar
O famoso físico teórico inglês Stephen Hawking diz não haver nenhum espaço para a noção de paraíso em sua visão do cosmos.
Em uma entrevista publicada na segunda-feira (16) no jornal The Guardian, o cientista de 69 anos diz que o cérebro humano é como um computador que para de funcionar quando seus componentes falham. Ao jornal, ele disse: “Não existe nenhum paraíso e ou vida após a morte para computadores quebrados; isso é um conto de fadas para pessoas com medo do escuro”.
Em “O grande projeto: Novas respostas para as questões definitivas da vida”, seu último livro. Lançado no ano passado, Hawking já havia escrito que não haveria a necessidade de invocar um grande criador para explicar a existência do Universo.
O físico está confinado a uma cadeira de rodas por conta da esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada quando tinha 21 anos. Mas a doença faz com que ele aproveite mais a vida: “ Tenho vivido com a perspectiva de uma morte precoce pelos últimos 49 anos. Não tenho pressa de morrer. Existe muita coisa que quero fazer antes.”

LINGUÍSTAS DE PLANTÃO! SENTIDO!


A despeito do que diz Marcos Bagno em Polêmica ou ignorância, em tese, sua análise está de acordo com as pesquisas desenvolvidas em linguística, especificamente em Pragmática. Entretanto, dentre tantos falares vulgares, há de se referenciar e reverenciar, o normativo, que prima pela logicidade articulatória da língua e que por necessidade formal, etimológica e acadêmica devem ser princípios regulatórios. Não significa é verdade, que o linguajar deformatório ou diferenciado do normativo, tenha que ser extinto, pois fruto do analfabetismo ingente que conforma tanta gente neste Brasil brasileiríssimo. O que não se deve é sobrepor-se a norma com outra norma insipiente, cujo generalismo nos levará a uma babel protuguesante, nunca dantes visto, como proposta de linguístas permissivos e sem escrúpulos correspondentes à sintaxe lógica subjacente que promove essencialmente a promiscuidade extravagante na língua decente. Entrementes, a celeuma, ora consignada, restará como vitória encimesmada um amontoado de signos ou palavras predicadas e derivadas como montouro de lixo nas sucatas musicais que proliferam ensurrecedoramente nos tímpanos delicados, ou ainda fiel depositário macabro de frases escorreitas e difuzas, tão confuzas e abstruzas, que faz qualquer leitor obnobilar-se com exaustão nos olhos e quimeras adjacentes. Os linguístas de plantão, não podem e não devem surrupiar a língua, pela avalanche ingênua de descobertas ou investigações fenomênicas que são necessárias nos tubos de ensaio laboratoriais como variáveis fortuitas ou intervenientes para compreensão mais aguçada de eventos sígnicos em semiológicos círculos de lupas sedentas por inovações meramente surpreendentes ou supressoras de uma identidade normalizante. Precisamos sim é suprimir de uma vez para sempre a escrita perversa das ignorâncias maledicentes, resultantes do descaso desidioso do estado e governantes no descuido educacional de nossa gente.

LIVRO DIDÁTICO
Polêmica ou ignorância?
Por Marcos Bagno em 17/5/2011
Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua. Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos do que eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentemente convencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas, senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas "classes populares" poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas "classes populares", esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar e o de seus aprendizes não é feio, nem errado, nem tosco; é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudo-especialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
Defender uma não significa combater a outra
Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro do conjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantado para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações, no mínimo patéticas. A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai.
Darwin nunca disse, em lugar algum de seus escritos, que "o homem vem do macaco". Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso, que precisava de um lema distorcido, como "o homem vem do macaco", para empreender sua campanha obscurantista que permanece em voga até hoje (inclusive, no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Defensores da "língua certa"
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer "isso é para mim tomar?" porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma "isso é para eu tomar?" porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas, por ainda servir de arame farpado entre os que falam "certo" e os que falam "errado", é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la.
Também. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assisti ao filme; que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros), quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta "língua certa", no exato momento em que a defendem, empregarem regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois no sábado (14/5), assistindo ao Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: "Como é que fica então as concordâncias?" Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: "E as concordâncias, como é que ficam então?

terça-feira, 3 de maio de 2011

A EROTIZAÇÃO DO SUBLIME


Custou-me entender o sentimento e a sensação de satisfação, felicidade e plenitude que sinto de forma mais intensa e avassaladora desde que recebí a ordem sacerdotal. Concessão especial e dileta àqueles que se unem por natureza espiritual ao sacerdócio do Cristo na sucessão apostólica.
O sacerdócio trouxe-me uma áurea de erotização subjacente a minha espiritualidade e fortemente presente no meu organismo, na minha tensão corporal que se esvai e aquece numa compulsão eroticizante pelo prazer deslumbrante e profícuo do sublime e sagrado ao prático, enquanto morada e expressão do ser como é na sua plena e autêntica reta intenção. 
Não é fácil discorrer sobre esse estado místico e espiritual numa esfera corporal e sensitiva, como se as duas formassem apenas uma, cujo discernimento racional não dá conta de sua explicitação. Por isso recorrí ao velho Freud na tentativa de obter alguns elementos conceituais que pudessem me fornecer linhas de clarividência compreensiva na tentativa de uma articulação promissora que dissesse de fato com toda a obscuridade que lhe guarnece o sentimento constante que se expressa nessa fantástica satisfação realizada.
Certamente, que a infância é um dos corredores retornativos pela lembrança da satisfação ingênua e desprovida de qualquer interesse, íntegra na sua emergência e pura na sua manifestação sem arreios conceituais e sem interesses subjetivos, assim há um reconhecimento gratificante daquilo que é familiar, porque sempre vinculado ao sentimento de prazer, por uma calma sensação de conforto que se tem quando a partir de um encontro misterioso proporcionativo de uma alegria singular e peculiar àqueles que habitam a esfera do sagrado numa identidade inusitada que se retroalimenta corpo-espiritualmente. A infância , cujo sentimento de prazer, erotiza-se mediante o corpo numa busca incessante de delícias constantes de nutrição, que fortalece e desenvolve, robustece e gera os desejos que se travestem de imagens oníricas e se transmutam no prazer que satisfaz e nos proporciona a alegria e felicidade, nos faz plenos e realizados na autenticidade incondicional da aceitação totalizante.
Não se trata portanto, de uma experiência racionalizante, mas muito mais que isso de uma experiência místico-corporal, numa apreensão corpórea que proporciona significados na extensão de suas necessidades, utilidades e satisfações. É uma áurea de brilho e luz interior que ilumina e acompanha o sentir e o conhecer num sabor de ordem estética como acorde musical que nos proporciona um impacto plangente que ressoa ingente sem mensuração e sem definição. É o próprio corpo na sua criação e recriação, poeticamente extensiva a vivência na vida do mundo nas paixões arrebatadoras e profundas umbilicalmente tecida, como fonte primordial do prazer eroticizado na sua dimensão mais recôndita e obscura, são reações súbitas que nos invadem sem compromisso e sem receio.
Tentar racionalizar estes signos mediante argumentações verdadeiras, é perder de vista a real solicitude prenhe de alegria e de entrega a beatitude divina que nos faz santos no dia a dia, quando enfrentamos as adversidades e com elas submergimos para superarmos as nossas misérias e fúrias de um mar revolto para a serenidade despojada, tranquila e calma de um sono dos justos.
Este é o ser sacerdotal que na sua plenitude sinto, quando na cerimonia da consagração eucarística espalha-se vivificante para o mundo da vida. 

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