sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ATIREM A PRIMEIRA PEDRA




Pe. José Comblin, sempre teve posições firmes e seguras a favor da justiça social. Instalou-se neste país uma "guerra santa", fruto da miopia de parte do episcopado romano que esconde-se na falsa questão do aborto, contribuindo para a sua difusão mais sórdida e avolumando a catástrofe genocida. A Católica Romana também tem seus pecados mortais e sua dubiedade corrosiva. Assim como podemos discutir sobre o aborto nessas eleições, deveríamos também discutir os recentes casos de pedofilia, para sermos minimamente justos. Tanto os abortistas de plantão são criminosos, quanto os pedófilos seculares, também. Aí veremos quem se apresenta como arauto da vida, aquele que ceifa no ventre ou aquele que ceifa em vida. Se formos justos, íntegros e honestos, tementes a Deus e pretendentes a sua representatividade, rasgue-se então as batinas e se apresentem nus, sem máscaras. Assim teremos, sem dúvida, um honesto combate.
Sergio Nunes

CARTA ABERTA A DOM DEMETRIO

Querido dom Demétrio
Quero publicamente agradecer-lhe as suas palavras esclarecedoras sobre
a manipulação da religião católica no final da campanha eleitoral pela
difusão de uma mensagem dos três bispos da comissão representativa do
regional Sul I da CNBB condenando a candidata do atual governo e
proibindo que os católicos votem nela.
Graças ao senhor, sabemos que essa divulgação do documento da
diretoria de Sul 1 não foi expressão da vontade da CNBB, mas contraria
a decisão tomada pela CNBB na sua ultima assembléia geral, já que esta
tinha decidido que os bispos não iam intervir nas eleições.
Sabemos agora que o documento dos bispos da diretoria do regional Sul
2 foi divulgado no final de agosto, e durante quase um mês permaneceu
ignorado pela imensa maioria do povo brasileiro.
Agora, dois dias antes das eleições, um grupo a serviço da campanha
eleitoral de um candidato, numa manobra de evidente e suja
manipulação, divulgou com abundantes recursos e muito barulho esse
documento, criando uma tremenda confusão em muitos eleitores. Pela
maneira como esse documento foi apresentado, comentado e divulgado,
dava-se a entender que o episcopado brasileiro proibia que os
católicos votasse nos candidatos do PT e, sobretudo na sua candidata
para a presidência. Dois dias antes das eleições os acusados já não
podiam mais reagir, apresentar uma defesa ou uma explicação. Aos olhos
do público a Igreja estava dando o golpe que sempre se teme na véspera
das eleições, quando se divulga um suposto escândalo de um candidato.
Era um golpe sujo por parte dos manipuladores, já que dava a impressão
de que o golpe vinha dessa feita da própria Igreja.

PE. JOSÉ COMBLIM, padre e pecador

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