quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ALMAS IRIDESCENTES

EU ZÉ E RUTE

Belas recordações me trazem a Comunidade Esmeraldina na paulicéia, sempre estávamos muito solícitos e grudados uns aos outros com todos os seus percalços. Cada um tinha a sua vida independente e simultaneamente bem próximos. Construímos uma sólida amizade que até hoje rememora-se a cada encontro realizado. O Zé, meu amado afilhado, que por sua sensibilidade, paulistano como é, embora traga sangue nortista em suas veias, expressa como bom paulista a sua reprovação em forma poética. Valeu Zé! Confira.


Benção, Padrinho!
Sobre este mesmo tópico, hoje eu escrevi um poema.
Abs,
 
 
 
Almas iridescentes
 
Eu não entendo
aqueles jovens comendo
lâmpadas fluorescentes
cuspindo pétalas incandescentes,
inconscientes pelas calçadas
 
Eu não entendo
esses rapazes partindo
lâmpadas incandescentes
sobre as cabeças de tanta gente
inutilmente manifestada
 
Eu não entendo
as crianças violentas
violentas, violentas
esquizofrênicas,
malcriadas
 
Eu não entendo
as crianças-violeta
fluorescentes, atiradas
caindo estúpidas
na calçada.
 
Eu não entendo
essas almas iridescentes
se desprendendo pelas bocas
de crianças doces,
bem-criadas.
 
Eu não entendo
essas pilhérias carcinogênicas
de crianças que,
no espelho,
são metade da mesma lata.

Um comentário:

  1. Maravilha José. Muito bom o poema! Parabéns.

    Sergio, já cologuei seu blog como página inicial do meu navegador. Assim espero estar mais presente por aqui. Sempre acompanho seus e-mails.

    abraços.
    Igor Ueno

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