quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A COROA RETRÓGRADA


A aristocracia no Brasil, presta homenagens emblemáticas a coroa Orleans e Bragança. Não apenas protocolar, mas ideológica, cujo culto mantém viva a chama pela monarquia e o estreito laço com o latifúndio. Elos inquebrantáveis entre ideais comuns: a manutenção da terra entre oligarquias, a concepção política anti-comunista, ainda que esgarçada e sem crédito num remoto passado jurássico que caduca em seus estertores, o parlamento com seus tentáculos representativos condensam forças em seu beneficio, bem como, em nome de Deus, invocam a Eclesia Romana.
De certo, São Carlos do Brasil, o Dom Carlos Duarte Costa, o bispo de Maura, remexe-se em seu túmulo, lá na Penha no Rio de Janeiro, cujo brado de alerta ressoa impassível: "Por Deus, Terra e Liberdade, brasileiros uni-vos", isso pelos idos de 1945.
Visões opostas, alcances incontornáveis, composições de nossa brasilidade. Entre a coroa mumificada e o comunismo jurássico, extremos que se tocam, o progressismo carlista tem muito a nos ensinar.

A nobreza e a terra
O Nacional Club de São Paulo, localizado no aprazível bairro do Pacaembu, foi palco no dia 2 de fevereiro último das homenagens prestadas a S.A.I.R. Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu 70º aniversário. Os responsáveis pela iniciativa foram os movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo.
O jantar, no salão nobre, foi precedido de cocktail servido aos 200 participantes, distribuídos em animadas rodas. Durante a entrada foi projetado um audiovisual sobre o aguerrido Príncipe, que desde os bancos da Faculdade de Direito do Largo São Francisco vem se destacando em defender o Brasil das influências deletérias do socialismo e do comunismo.

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