quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ESSIENI, DIÁRIO DE VIAGEM XIII



Partimos para o balneário de Sperlonga no Mar Mediterrâneo. Conhecemos alguns amigos de Paolo. Estivemos na praia Sichura, praia livre, aonde em alguns locais se pratica o naturalismo.
No dia seguinte estivemos na praia de Sperlonga, bastante badalada. Almoçamos frutos do mar especialíssimos. Aproveitei e banhei-me com Izadora nas águas frias e límpidas do Mar Mediterrâneo, por onde singraram naus etruscas, gregas, cartaginesas e romanas em batalhas, conquistas e aventuras. O azul intenso do mar, serenava o meu espírito, banhava minha alma e proporcionava-me um imenso prazer. A cada onda que nos banhava, um sorriso de felicidade acendia os olhos meigos de Izi, suavizando aquela imensidão marinha, margeada por montanhas rochosas e íngremes.
Incrível como não se via a miséria nos esqueletos macerados e nos olhos tristes de nossas crianças que esmolam perambulando pelas ruas no Brasil.
Gente saudável, belas e bem vestidas.
A concentração de renda na Europa não deixa visível o escândalo da injustiça social que assola o Brasil.
Aqui não se tem notícia da província. É uma terra inteiramente anônima. Aqui se percebe claramente que os boatos de crise econômica do Brasil em função da eleição presidencial a fim de porem em cheque o favoritismo da oposição, não passa de um engodo montado pela mídia, planalto e organismos internacionais.
A bancarrota financeira mundial se localiza em Wall Street. No Brasil a estória se inventa, a fim de multiplicar dividendos por conta da alienação ainda grande entre o nosso povo.
Visitamos a cidade antiga de Sperlonga localizada no alto da montanha com vistas para o mar exuberante do Mediterrâneo.
Formavam as ruelas estreitíssimas como saguões, ornadas de escadas em vários níveis com ladeiras, porões, vielas e casarios pequenos que se avolumavam no movimento geográfico do terreno montanhoso.
Tudo muito simples e muito belo figuravam-se na memória e debruçavam-se na lembrança daquele momento único e repleto de imagens.
Passou-se, assim, Sperlonga.
15/07/02

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