quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

OLHAR ENVIESADO

CHARLES CHAPLIN

Sinceramente, é difícil de entender. Vejam as manchetes da FSP de hoje. As duas primeiras exaltando o crescimento industrial, enquanto o editorial lamenta a perda de capacidade de expansão industrial. Como decodificar esse tabuleiro enviesado de informações divergentes e contraditórias.
Consideremos que o editorial queira dizer que embora o rítimo de expansão seja de 11,8%, ainda assim o avanço industrial é muito tímido, frente ao acumulado nos 12 meses, bem como no alcance do 4º lugar no ranking mundial.
Ora, não saberia dizer em que medida, se isso é possível decifrar, o Editorial pretende impulsionar a economia, ou se se trata apenas de uma crítica inversa para incentivar o Estado brasileiro a melhorar e criar as condições de forma mais acelerada para o avanço industrial. Caso seja a primeira alternativa é mera propaganda de marketing impactante, caso seja a outra, diríamos que os termos consignados pelo Editorial é meramente débil.
Sabemos que o avanço, não apenas industrial como de todos os setores economicamente ativo para a geração de riqueza, requer de infraestrutura básica e atualizada para facilitar este impulso de crescimento e, o PAC veio para isso, bem como da mão de obra cada vez mais qualificada. Dentro das possibilidades céleres que os empreendimentos estão sendo desenvolvidos com todos os percalços de ordem jurídica, ambiental, profissional, erráticas e corruptíveis, estamos avançando e muito.
As vezes não como sonhamos, mas indubitavelmente como é possível. Afinal a possibilidade é sempre mestra das ocasiões, cujos feitos se dão com a paulatina ação firme e determinada que todo esforço requer para não ser em vão, mormente no Brasil que saiu da letargia para a dinamização econômica.

02/12/2010

Produção industrial bate recorde de alta no acumulado em 12 meses, diz IBGE

A produção industrial brasileira registrou expansão de 11,8% no acumulado dos dez primeiros meses deste ano, o mesmo acréscimo apresentado nos últimos 12 meses, que manteve a trajetória ascendente iniciada em outubro do ano passado e alcançou a taxa mais elevada da série histórica. FSP
02/12/2010 - 08h50

Brasil consolida 4ª posição no ranking mundial de vendas de veículos

FSP
Um país caro

EDITORIAL FSP

Novo governo precisará reduzir custo Brasil para recuperar dinamismo da atividade industrial e ampliar capacidade de crescimento 



Já se tornou lugar comum constatar que, a despeito do bom momento da economia, o Brasil enfrenta dificuldades para manter o dinamismo do setor industrial.

O país tem colecionado estatísticas que refletem a deterioração da pauta de comércio exterior. É o único dos grandes emergentes a registrar deficit comercial com os EUA (US$ 7,5 bilhões nos doze meses encerrados em outubro), o mercado mais aberto do mundo. O superavit com a União Europeia, que era de US$ 12,5 bilhões em 2007, caiu para US$ 3 bilhões nos últimos 12 meses.
Apenas as relações com a China apresentam dinâmica diferente -de um deficit de US$ 1,8 bilhão em 2007 passou-se a um saldo de US$ 4,2 bilhões nos últimos 12 meses, resultado explicável pela predominância de commodities, que representam mais de 90% das vendas ao país asiático.
Não se trata apenas de perda de oportunidades externas. Enquanto a indústria produz praticamente o mesmo que em setembro de 2008, o consumo interno já é 17% maior. E a diferença é suprida por produtos importados.
02/12/2010




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